Diego Abreu, Rafael Costa, Luis Felipe Sousa e Maurício Melo
(Foto: Handson Chagas)
Os robôs Bode
Frito e Code Frito2, desenvolvidos por estudantes do Instituto de Educação,
Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), são protótipos estruturados para
entrar em ambientes com acesso restrito e coletar cargas. Os robôs foram
selecionados para competir na Roboworld Cup, a ser realizada na Coreia do Sul,
de 2 a 17 de agosto de 2019.
Os estudantes
Rafael Costa, Luiz Felipe Sousa, Maurício Melo (os três com 17 anos) e Diego
Abreu, 16, vão representar o Maranhão na competição internacional. Eles são da
unidade plena do IEMA em São Luís e já participaram de 12 competições no Brasil
e no exterior, inclusive conquistando prêmios.
Com
investimentos de quase meio milhão de reais, o Governo do Maranhão estimula a
participação de estudantes de todas as unidades do IEMA em feiras, encontros e
campeonatos de Robótica no Brasil e ao redor do mundo.
O coordenador
de Robótica Educacional do IEMA, Fábio Aurélio Costa, explica o êxito do
programa de ensino da disciplina nas unidades: “Para os nossos alunos é um ganho
muito importante porque é uma consolidação do trabalho que o governador Flávio
Dino vem fazendo ao dar oportunidade para que estudantes da rede pública
mostrem seus potenciais fora do país”.
“Nesse sentido,
a robótica é uma disciplina que estimula os estudantes a formar equipes
vitoriosas”, acrescenta.
Bodes
Fritos
Os robôs
desenvolvidos pelos estudantes selecionados para o Campeonato Mundial na Coreia
do Sul são capazes de simular o acesso a ambientes urbanos e industriais para
recolhimento de cargas, com a vantagem de acesso a áreas que não podem ser
alcançadas por seres humanos em função de condições do ambiente ou outras
limitações.
Os estudantes
explicam que os nomes engraçados das máquinas homenageiam a cultura do
Nordeste, em oposição aos nomes frequentemente pomposos dos robôs.
“Nas
competições em que participamos, os nomes das máquinas são sempre muito
sofisticados. Escolhemos os nomes Bodes Fritos inspirados em uma churrascaria
que encontramos durante a viagem e que, para nós, representa muito esse
espírito da nossa região, além de ser um nome bem engraçado”, explica o
estudante Luís Felipe Sousa, um dos selecionados para ir à Coréia do Sul.
Campeões
Nos últimos
três anos, os estudantes do IEMA foram campeões do TJR, torneio juvenil
nacional de robótica. Em torneios internacionais, a equipe do Instituto
participou, em 2018 do Campeonato Mundial, em Taiwan, na China, onde ficou em
terceiro lugar. As equipes, também, já participaram de competições em Portugal
e no Japão.
O estudante
Rafael Costa, um dos medalhistas do encontro em Taiwan, diz ser “muito feliz
por poder representar minha escola, meu estado e meu país. A oportunidade de ir
para o exterior fazer o que eu gosto, aprender com a robótica e ganhar mais
experiência são coisas que nunca imaginei que viveria. Escolher estudar no IEMA
foi a melhor decisão que já tomei na minha vida”, explica.
O reitor do
IEMA, Jhonatan Almada, diz que “essas conquistam provam que a juventude
maranhense é capaz e que, quando tem a oportunidade, vai e conquista os
melhores resultados”.
Desempenho
escolar
Com o êxito da
participação do IEMA nos encontros, a disciplina de robótica educacional, antes
oferecida somente para os alunos do curso Técnico em Informática, agora é
oferecida a todos os estudantes, já no primeiro ano.
Segundo o
professor da disciplina na Unidade de São Luís, Thiago Gomes, a oferta do curso
de robótica já na primeira série do ensino médio está ajudando os alunos a
entender melhor as demais disciplinas do campo das ciências exatas. “Como a
maior parte das aulas é dada de forma prática, os estudantes estão
desmistificando aquela ideia de que as ciências exatas são difíceis. Observamos
que há um interesse e curiosidade crescentes para aprender mais”, explica.