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terça-feira, 28 de maio de 2019

Em 2017, 56 presos foram assassinados em massacre no Compaj


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Palco de 15 mortes no último domingo (26), o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, teve um massacre em janeiro de 2017 considerado até hoje o maior do Amazonas. Na ocasião, 56 pessoas morreram depois de uma rebelião que durou 17 horas.
Os mortos foram integrantes de uma facção criminosa que cumpriam pena por estupro.
Entre as conclusões, estavam:
· Falta de uma comunicação rápida entre a polícia e a Secretaria de Administração Penitenciária, que já tinha recebido denúncias de que presos planejavam fazer uma rebelião e fugir;
· que o único juiz da Vara de Execuções Penais cuidava de mais de 17 mil processos por ano e concede benefícios desiguais aos detentos;
· que o próprio Ministério Público errou ao designar apenas dois promotores para cuidar de 17 mil processos e fiscalizar oito presídios;
· e que a direção da penitenciária dava regalias para os presos

A Umanizzare, empresa contratada pelo estado, é responsável pela gestão do Compaj e de outros presídios no Amazonas.
O relatório do Ministério Público também apontou que para cuidar de um detento do Compaj, a Umanizzare cobra R$ 4,7 mil, praticamente o dobro do que um preso custa em média no restante do país. Apesar desse valor mais alto, o governo do estado renovou os contratos com a empresa para continuar administrando os presídios. Só o Compaj custava aos cofres públicos, em 2017, R$ 5 milhões por mês. Na ocasião, a empresa disse que o relatório sobre os serviços prestados demonstravam o cumprimento integral dos termos dos contratos assinados com o governo do Amazonas.