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domingo, 2 de dezembro de 2018

Presépio de Natal da Igreja Matriz Esperantinopense

Neste dia 01 de dezembro, liturgicamente falando, já se celebra o domingo, e foi com esta esperança que iniciou o novo ano litúrgico (ANO C) da Igreja Católica com o Advento, onde somos convidados a esperar Jesus que vem no Natal e que vem no final dos tempos. Sendo assim, foi exposto oficialmente o PRESÉPIO DE NATAL DA IGREJA MATRIZ Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Esperantinópolis. A arquitetura do presépio deste ano foi idealizada pelo pároco Padre Carlinhos, e contou com as mãos arteiras dos artesãos Ricarda Militão, Filhote, Charles e João Israel.
O presépio ficará exposto até o dia 06 de janeiro de 2019, data que será desmontado, segundo a tradição, e pode ser visitado a qualquer momento das 06h ás 22h na Igreja Matriz Esperantinopense, Rua Três de Agosto, centro.
A palavra presépio faz referência ao local onde o gado é colocado ao ser recolhido, mas também é usado para referir-se ao nascimento de Jesus, principalmente nos tempos de Natal. O presépio é um conjunto de peças usadas principalmente no Natal para referenciar o momento do nascimento de Jesus Cristo. O conjunto é formado pelo menino Jesus na manjedoura ao centro, além de alguns personagens bíblicos presentes nesse momento cristão tão importante.
Segundo algumas fontes históricas, o primeiro presépio foi montado no ano de 1223, no Natal, por São Francisco de Assis, com a autorização do papa. Feito em argila na floresta de Greccio, na Itália, e a ideia era montar para explicar de forma mais simples o que era e qual o significado do nascimento de Jesus Cristo. A representação, que usou um boi e um jumento vivos, repercutiu em toda a Itália, o que fez com que a tradição começasse a surgir. A partir do século XVIII, essa tradição tomou conta da Europa e de outras regiões do mundo, e então as famílias passaram a ter presépios dentro de casa.
Embora os cristãos festejem o nascimento de Jesus desde o século III, o culto à natividade só surgiu no século seguinte com Santa Helena, mãe do imperador Constantino de Roma. As pequenas esculturas representando os personagens envolvidos no nascimento de Jesus começaram a surgir como instrumentos desse culto. E a força que envolve esta arte foi gerada por São Francisco de Assis, que muitos apontam como o “inventor” do presépio. São Francisco viveu obcecado por compreender e imitar com perfeição, atenção, esforço, dedicação e fervor os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo no seguimento de sua doutrina, conforme explica Tomás de Celano, em “Vida I”, primeira biografia de São Francisco de Assis.
A representação teatral realizada por São Francisco em 1223, numa gruta perdida na mata ao redor do povoado de Greccio, no Vale da Umbria, na Itália, três anos antes de morrer, inaugurou o que hoje conhecemos como “presépio vivo” e definiu o conceito que norteia os presépios atuais – sejam eles encenados ou representados por esculturas.
O objetivo desta representação era permitir que as pessoas mais simples entendessem a encarnação descrita nas escrituras, absolutamente incompreensível para os que não eram estudiosos. Não havia menino Jesus. São Francisco queria que as pessoas trouxessem Jesus no coração. Segundo frei Pedro, há relatos contando que, apesar de não haver crianças presente, nesta noite todos ouviram o choro de um bebê no auge da encenação. Foi talvez a primeira “vivência” de que se tem notícia na história – técnica atualmente muito usada nos consultórios psicológicos.
O presépio não é feito só de imagens. Há um ritual que deve ser seguido por aqueles que se dispõem a preservar o costume, determinado pela liturgia cristã e enriquecido pelas crendices populares. Abaixo estão relacionadas as “regras da liturgia”:
1.                      O presépio deve ser montado quatro domingos antes do Natal.
2.                      O menino Jesus só aparece em cena na noite do dia 24. (Nota-se que nas fotos encontra-se a imagem do menino Jesus, pois o titular do blog solicitou ao paroco que permitisse algumas fotos)
3.                      Os Reis Magos ou são colocados no final de uma estradinha, que vai terminar na manjedoura, e diariamente movimentados em direção a ela, de forma que só estejam diante do Menino Jesus no dia 6 de janeiro, ou então só aparecem neste dia.
4.                      A data correta para desmontar é no batismo de Jesus, que tem data móvel. Depois disso a Sagrada Família parte em fuga para o Egito. Em algumas regiões, o presépio é substituído por cenas da fuga.
5.                      É comum – e recomendável – que se acendam incensos durante todo o tempo que o presépio permanecer montado. Frei Pedro Pinheiro recomenda o incenso litúrgico, que pode ser mantido aceso com carvão ativado, o que irá garantir um perfume suave no ambiente.
No Brasil, a tradição dos presépios chegou com os missionários jesuítas, encarregados de evangelizar os índios e cuidar para que os europeus que viviam aqui não se entregassem por inteiro aos prazeres mundanos. Há informações de que o padre jesuíta José de Anchieta, no início da colonização brasileira, teria moldado figuras de presépio em argila com a ajuda dos índios para incutir-lhes a tradição e também para honrar Jesus no Natal.

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