Neste dia 01 de dezembro,
liturgicamente falando, já se celebra o domingo, e foi com esta esperança que
iniciou o novo ano litúrgico (ANO C) da Igreja Católica com o Advento, onde
somos convidados a esperar Jesus que vem no Natal e que vem no final dos
tempos. Sendo assim, foi exposto oficialmente o PRESÉPIO DE NATAL DA IGREJA
MATRIZ Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Esperantinópolis. A arquitetura
do presépio deste ano foi idealizada pelo pároco Padre Carlinhos, e contou com
as mãos arteiras dos artesãos Ricarda Militão, Filhote, Charles e João Israel.
O presépio ficará exposto até o dia
06 de janeiro de 2019, data que será desmontado, segundo a tradição, e pode ser
visitado a qualquer momento das 06h ás 22h na Igreja Matriz Esperantinopense,
Rua Três de Agosto, centro.
A palavra presépio faz referência
ao local onde o gado é colocado ao ser recolhido, mas também é usado para
referir-se ao nascimento de Jesus, principalmente nos tempos de Natal. O
presépio é um conjunto de peças usadas principalmente no Natal para referenciar
o momento do nascimento de Jesus Cristo. O conjunto é formado pelo menino Jesus
na manjedoura ao centro, além de alguns personagens bíblicos presentes nesse
momento cristão tão importante.
Segundo algumas fontes históricas,
o primeiro presépio foi montado no ano de 1223, no Natal, por São Francisco de
Assis, com a autorização do papa. Feito em argila na floresta de Greccio, na
Itália, e a ideia era montar para explicar de forma mais simples o que era e
qual o significado do nascimento de Jesus Cristo. A representação, que usou um
boi e um jumento vivos, repercutiu em toda a Itália, o que fez com que a
tradição começasse a surgir. A partir do século XVIII, essa tradição tomou
conta da Europa e de outras regiões do mundo, e então as famílias passaram a
ter presépios dentro de casa.
Embora os cristãos festejem o
nascimento de Jesus desde o século III, o culto à natividade só surgiu no
século seguinte com Santa Helena, mãe do imperador Constantino de Roma. As
pequenas esculturas representando os personagens envolvidos no nascimento de
Jesus começaram a surgir como instrumentos desse culto. E a força que envolve
esta arte foi gerada por São Francisco de Assis, que muitos apontam como o
“inventor” do presépio. São Francisco viveu obcecado por compreender e imitar
com perfeição, atenção, esforço, dedicação e fervor os passos de Nosso Senhor
Jesus Cristo no seguimento de sua doutrina, conforme explica Tomás de Celano,
em “Vida I”, primeira biografia de São Francisco de Assis.
A representação teatral realizada
por São Francisco em 1223, numa gruta perdida na mata ao redor do povoado de
Greccio, no Vale da Umbria, na Itália, três anos antes de morrer, inaugurou o
que hoje conhecemos como “presépio vivo” e definiu o conceito que norteia os
presépios atuais – sejam eles encenados ou representados por esculturas.
O objetivo desta representação era
permitir que as pessoas mais simples entendessem a encarnação descrita nas
escrituras, absolutamente incompreensível para os que não eram estudiosos. Não
havia menino Jesus. São Francisco queria que as pessoas trouxessem Jesus no
coração. Segundo frei Pedro, há relatos contando que, apesar de não haver
crianças presente, nesta noite todos ouviram o choro de um bebê no auge da
encenação. Foi talvez a primeira “vivência” de que se tem notícia na história –
técnica atualmente muito usada nos consultórios psicológicos.
O presépio não é feito só de
imagens. Há um ritual que deve ser seguido por aqueles que se dispõem a
preservar o costume, determinado pela liturgia cristã e enriquecido pelas
crendices populares. Abaixo estão relacionadas as “regras da liturgia”:
1.
O presépio deve ser montado quatro domingos antes do
Natal.
2.
O menino Jesus só aparece em cena na noite do dia 24. (Nota-se que nas fotos encontra-se a imagem
do menino Jesus, pois o titular do blog solicitou ao paroco que permitisse
algumas fotos)
3.
Os Reis Magos ou são colocados no final de uma
estradinha, que vai terminar na manjedoura, e diariamente movimentados em
direção a ela, de forma que só estejam diante do Menino Jesus no dia 6 de
janeiro, ou então só aparecem neste dia.
4.
A data correta para desmontar é no batismo de Jesus,
que tem data móvel. Depois disso a Sagrada Família parte em fuga para o Egito.
Em algumas regiões, o presépio é substituído por cenas da fuga.
5.
É comum – e recomendável – que se acendam incensos
durante todo o tempo que o presépio permanecer montado. Frei Pedro Pinheiro
recomenda o incenso litúrgico, que pode ser mantido aceso com carvão ativado, o
que irá garantir um perfume suave no ambiente.
No Brasil, a tradição dos presépios
chegou com os missionários jesuítas, encarregados de evangelizar os índios e
cuidar para que os europeus que viviam aqui não se entregassem por inteiro aos
prazeres mundanos. Há informações de que o padre jesuíta José de Anchieta, no
início da colonização brasileira, teria moldado figuras de presépio em argila
com a ajuda dos índios para incutir-lhes a tradição e também para honrar Jesus
no Natal.