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domingo, 30 de dezembro de 2018

Estamos formando uma geração de egoístas, egocêntricos, alienados e inconsequentes



Janeiro está começando e em breve o ano letivo ganhará vida. Novos calouros ávidos por uma “nova” vida de descobertas desembarcarão em Adamantina. Nem faz um ano uma garota, em sua primeira semana de aula na faculdade, teve suas pernas queimadas em um dia de acolhimento de calouros. Jovem, em seus 17 anos e feliz por realizar o sonho de ingressar em uma faculdade. Mas em um dia que deveria ser de festa foi interceptada por “colegas” veteranos. Foi pintada com tintas e esmalte até que sentiu que jogaram um líquido em suas pernas. Nada notou até que a água da chuva, por ironia, em lugar de lavar e limpá-la provocou uma reação química que resultou em queimaduras de terceiro grau em suas duas pernas. O mesmo aconteceu com uma colega de turma que teve as pernas queimadas e outro rapaz que correu o risco de perder a visão. O líquido? Uma provável mistura de creolina e ácido!
Casos amplamente noticiados pela imprensa local, regional e nacional. Mas relatos contam mais sobre este dia trágico, como inúmeros casos registrados de coma alcoólico, além de meninas que tiveram suas roubas rasgadas e sofreram toda uma série de constrangimentos.
Fatos como estes contribuem para nos trazer de volta a realidade e, guardadas as devidas proporções, ilustra que vivemos sim em um país onde a “barbárie” ganha força e impera em diversos núcleos de nossa sociedade e se alastra com uma rapidez de rastilho de pólvora. Casos se repetem em diversos estados e cidades, o caso dos calouros da FAI de Adamantina não é e nem será o último, quantas tristes histórias já foram relatadas, como a do o jovem morto atirado em uma piscina da USP, amanhã mais um gay ou um negro, ou mais uma mulher que não se “deu o valor” e andou por aí exibindo seu corpo.
Vivemos em uma sociedade de alienados, sujeitos que não conseguem sequer interpretar um texto, nossas crianças são “condicionados nas escolas” jamais educados. Infelizmente não há cultura neste país da desigualdade. Parece que perdemos a capacidade de raciocinar, de entender o contexto e complexidade de tudo os que nos cerca. Ninguém discute com seriedade o que está levando a nossa sociedade a viver na idade das trevas.
O apresentador Chico Pinheiro do Bom dia Brasil, revoltado com os trotes violentos, afirmou que estes alunos deveriam voltar para o ensino fundamental. Discordo radicalmente dele, estes alunos deveriam voltar para o seio de suas famílias e lá, sim, receber educação básica, educação para a vida.
Os pais estão terceirizando a educação de seus filhos e, em um mundo sem tempo e repleto de culpa delegam a educação de seus filhos a professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem competência e formação para isso. Professores são facilitadores da inteligência coletiva, pais são os educadores na/da/para a vida!
Nos dias de hoje o tempo passa rápido demais. Muito rápido, tão rápido que nem dá tempo de tentar entender e processar o que foi vivido nas poucas horas atrás.
A molecada acorda cedo, vai pra escola. Chega em casa, almoça ao mesmo tempo que assiste TV, atualiza a conversa no WhatsApp, checa sua ‘TimeLine’ no Facebook, curte páginas dos amigos, coloca em dia as curtidas do Instagram e comenta de forma superficial - pois não compreende o contexto e complexidade - as reportagens da TV. Se perguntar quem dividiu a mesa com eles (os pais também estão brincando com o celular) é possível que nem tenham se dado conta, pois estão mais próximos dos amigos “virtuais” do que daqueles que compartilham o mesmo espaço, a mesma mesa e a mesma comida com eles. Mas o mais trágico nisso tudo é que os pais, também, estão sentados à mesa assistindo TV, atualizando a conversa no WhatsApp, checando sua ‘TimeLine’ no Facebook, colocando em dia as curtidas do Instagram e comentando de forma superficial as reportagens da TV.
Depois do almoço os pais irão para o trabalho e os filhos para a aula de computação, inglês, academia...
À noite ficarão no quarto em frente ao note navegando por sites que jamais se lembrarão, conversando pelo skype, jogando on line, até a hora de dormir.
No final de semana estes jovens dormirão a maior parte do tempo para se preparar para a noite, para a balada, onde pegarão todos e todas e beberão até cair.
Estes jovens entram muito cedo em sua vida pretensamente “adulta”. Já “brincam” de papai e mamãe antes mesmo de brincar de casinha. Estes jovens são lançados da infância, cada vez mais curta, direto para a vida “adulta”, passando sem piscar pela adolescência.
Qual estrutura e base estes jovens terão para superar conflitos pessoais? Comportam-se como adultos aos 13, 14, 15 anos e, em muitos casos são tratados como adultos, mão não são adultos, são crianças e adolescentes que não sabem absolutamente nada da vida, mas são cobrados como se soubessem de tudo e pior, acreditam que sabem sobre tudo. Eles querem ser aceitos, infelizmente querem ser aceitos em um mundo irreal de aparências!
Nesse “nosso” mundo do “parecer”, do “fake”, do consumo do corpo perfeito, da mentira perfeita, do dinheiro a qualquer custo, do consumir e exibir, da exposição sem limites, da falsa propaganda que vende vidas “perfeitas” somos “forçados” a fazer parte dessa sociedade de “mentirinha”.
Na sociedade do consumo do corpo perfeito, da vida perfeita, do ser perfeito, não existe espaço pra “ser humano”, não existe lugar “para sermos quem somos”, aqueles que exibem suas imperfeições, pois o imperfeito não cabe na aparência perfeita do mundo da mentira.
Todos nós queremos fazer parte de algo, ser parte de algo. Principalmente quando somos jovens. Nossa turma é nossa razão de ser e estar no mundo. Comportamo-nos como tribos, somos territorialistas e, fazer parte deste “algo” nos confere identidade. E aí para fazer parte desse mundo, o jovem segue a turma, mesmo em muitos casos, sem saber por que está fazendo isso, mesmo sabendo que muitas coisas que fazem são erradas, vale a pena correr o risco para “ser” parte da turma!
E neste mundo, empoeirado, intenta-se forçar o sujeito a aderir sem contestação ao padrão de ser e estar neste “mundo”, reduzindo sublimes e maravilhosas peculiaridades e particularidades, ou seja, nossas magníficas diferenças, em uma uniformidade que se encaixa na perfeita adequação a uma sociedade tamponada, uniforme, opaca, moralista, hipócrita. É a construção de um mundo baseado em mentiras e sem alicerce.
As inquietudes de nossa alma deveriam ser tratadas em nossas relações cotidianas, primeiro no seio carinhoso da família, depois nas escolas, nos relacionando com os professores e com os colegas de aula, com os amigos e também com os inimigos, com os namorados, patrões... Vivendo nossas experiências boas e más, aprendendo a entendê-las. Passamos por frustrações a aprendemos a superá-las. Este é o ciclo natural das coisas, é preciso viver para compreender a vida, viver todas as emoções, boas e más, sorrir, chorar, vencer, perder, amar, rejeitar, ser rejeitado, ter amigos, inimigos, construir alianças, quebrá-las... Cabe a família dar o suporte, fornecer o alicerce para que este ser, mesmo em épocas de tempestade, não desmorone. E na convivência cotidiana, construirá seu edifício interno, com janelas, portas, divisórias, que poderá balançar em muitos casos, mas jamais desabar se bem estruturado.
Mas como educar se os pais não têm “tempo” para ajudar estes jovens a construir sua estrutura?
Os filhos não têm “tempo” para escutar o que os pais têm pra dizer, talvez uma conferência familiar pelo Whats ou Skype, quem sabe...
Os amigos não têm todas as respostas
E talvez o mais triste para esta geração

O Google não tem todas as respostas.

Nossos jovens produzem eventos para postar, ser curtido e comentado. Situações são criadas para movimentar e dar liquidez ao “mercado” da popularidade, as “ações pessoais na bolsa virtual” crescem conforme o número de “posts, comments e likes”. Uma sociedade baseada no consumismo, que valora cada ser humano por seus bens de consumo e potencial de exibição do produto, passou a consumir avidamente “vidas”. Vidas são colocadas em exposição, para o deleite do consumidor e regozijo daquele que se expõe, pois quanto mais visto, mais é consumido, assim, ganha popularidade, consequentemente “poder”. Uma sociedade sem amor, sem paz e sem alma.
A alma não está sendo vendida para o diabo, mas sim, depositada em sites de relacionamento e eventos que precisam ser constantemente alimentados para nutrir o mercado. Se não existe um evento, tudo bem, faz-se imagem de si mesmo, pois a imagem é tudo neste mundo baseado no TER, SER não importa, o que vale é PARECER e, para parecer e aparecer é preciso exibir.
É imperativo que estes jovens compreendam que eles NÃO têm o valor do que é “consumido” ou do que consomem em imagens, exposição, “likes”, compartilhamentos e “comments”. O seu valor não é “subjetivo e líquido”, pois este “valor” está na forma como ele se constitui enquanto ser humano real. SER REAL não é nada fácil no mundo “líquido”, mas precisamos tentar, não apenas com os jovens, mas também em relação a nossas vidas, pois creio que se hoje estas moças e moços vivem dessa forma, não são nada diferente de quem os criou, pois nossa sociedade vive de ter e exibir, nossa juventude nada mais é do que reflexo de uma sociedade “adoentada”.
Pois nossas crianças já nascem sem tempo, extremamente competitivas, presas em escolas integrais que garantirão seu “futuro”. E dessa forma continuarão a lubrificar as engrenagens de nossa sociedade doente e “medicada” que confunde saúde com remédios, consumo com qualidade de vida, amor com bens de consumo. Estamos formando uma geração de egoístas, alienados e inconsequentes, que se preocupam mais com sua imagem do que em "ser" humano.
Quando somos jovens, acreditamos que sabemos tudo, que estamos prontos para a vida, mas viver nos ensina que a gente não sabe NADA sobre a vida. Compreender e aceitar que não somos e nunca seremos perfeitos, que simplesmente não sabemos de quase nada e nem temos certeza de tudo, nos torna mais abertos, mais humanos, mais doces, mais amorosos e tolerantes, com nós mesmos e com os outros. Mas para que nossos jovens possam compreender tudo isso, precisamos cria-los para que sejam mais humanos, colaborativos, criativos, transgressores, mas para isso, precisarão ser ensinados que serão alguém, não pela quantidade de bens que possuírem e exibirem, mas sim, por “ser” humano, “ser” como verbo de ação!

Isabel Cristina Gonçalves é Adamantinense, Oceanógrafa, Mestre em Educação e Doutora em Educação Ambiental. Atualmente trabalha como pesquisadora, Pós-Doutoranda, pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) no projeto: "Mudanças climáticas globais e impactos na zona costeira: modelos, indicadores, obras civis e fatores de mitigação/adaptação - REDELITORAL NORTE SP" | Acesse aqui seu perfil no Facebook.


Ex-catadora de latinhas passa em concurso: ganha R$ 7 mil por mês!


 
Veja como todo mundo pode melhorar na vida. É só ter vontade, estudo e disciplina.
Uma catadora de latinha do Distrito Federal conseguiu passar em um concurso de nível médio do Tribunal de Justiça estudando apenas 25 dias.
Com isso, ela trocou uma renda mensal de R$ 50, por um salário de R$ 7 mil. “Foi muito difícil. Hoje, contar parece que foi fácil, mas eu venci”, afirma Marilene Lopes.


Agora, ela diz que pensa em estudar direito.

Sem dinheiro nem para comprar gás e obrigada a cozinhar com gravetos, Marilene Lopes viu a vida dela e a da família mudar em 2001, depois de ler na capa de um jornal a abertura das inscrições para o concurso do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.



Latinhas

Ela, que até então ganhava R$ 50 por mês catando latinhas em Brazlândia, cidade a 30 quilômetros de Brasília, decidiu usar os 25 dias de repouso da cirurgia de correção do lábio leporino para estudar com as irmãs, que tinham a apostila da seleção. Apenas Marilene foi aprovada.
“Minha mãe disse que, se eu fosse operar, ela cuidava dos meninos, então fui para a casa dela. Minha mãe comprou uma apostila para as minhas irmãs, aí dei a ideia de formarmos um grupo de estudo. Íamos de 8h às 12h, 14h às 18h e de 19h às 23h30. Depois eu seguia sozinha até as 2h”, explica.
O esforço de quase 12 anos atrás ainda tem lugar especial na memória da família. Na época, eles moravam em uma invasão em Brazlândia.



Fome

Marilene já havia sido agente de saúde e doméstica, mas perdeu o emprego por causa das vezes em que faltou para cuidar das crianças.
Como os meninos eram impedidos de entrar na creche se estivessem com os pés sujos, ela comprou um carrinho de mão para levá-los e aproveitou para unir o útil ao agradável: na volta, catava as latinhas de alumínio. Segundo ela, a situação durou um ano e meio, e na época a família passava muita fome.
“Nunca tinha nem fruta para comer. Eu me lembro que passei um ano com uma só calcinha. Tomava banho, lavava e dormia sem, até secar, para vestir no outro dia. Roupas, sapato, bicicleta [os filhos puderam ter depois da aprovação no concurso. Nunca tive uma bicicleta”, conta



R$ 5 emprestados
Mesmo para se inscrever na prova Marilene (foto cima), que é técnica em enfermagem e em administração, encontrou dificuldades.
Ela lembra ter pedido R$ 5 a cada amigo e ter chegado à agência bancária dez minutos antes do fechamento, no último dia do pagamento.E o resultado foi informado por uma das irmãs, que leu o nome dela no jornal.
“Dei uma flutuada ao ver o resultado. Pedi até para minha irmã me beliscar.”

Nova vida
Ganhando atualmente R$ 7 mil, a técnica judiciária garante que não tem vergonha do passado e que depois de formar os cinco filhos pretende ingressar na faculdade de direito.
“Mesmo quando minhas colegas passavam por mim com seus carros e riam ao me ver catando latinhas com o meu carrinho de mão eu não sentia vergonha. E meus filhos têm muito orgulho de mim, da nossa luta. Eles querem seguir meu exemplo.”

Marilene já passou pelo Juizado Especial de Competência Geral, 2ª Vara Cível, Órfãos e Sucessões de Sobradinho, 2ª Vara Criminal de Ceilândia, 12ª Vara Cível de Brasília e Contadoria.




A trajetória dela inspira os colegas.

Por e-mail, o primeiro chefe, o analista Josias D’Olival Junior, é só elogios. “A sua história de vida, a sua garra e o seu caráter nos tocavam e nos inspiravam profundamente.”


Nunca se escreveu tanto, tão errado e se interpretou tão mal


A pesquisa Indicador de Alfabetismo Funcional, conduzida pelo Instituto Paulo Montenegro em parceria com a ONG Ação Educativa, aponta que apenas 22% dos brasileiros que chegaram à universidade têm plena condição de compreender e se expressar. Na prática, esses jovens adultos estão no chamado nível proficiente –o mais avançado estágio de alfabetismo. São leitores capazes de entender e se expressar por meio de letras e números. Mais ainda, compreendem e elaboraram textos de diferentes modalidades (email, descrição e argumentação) e estão aptos a opinar sobre um posicionamento ou estilo de autores de textos. Em contrapartida, a pesquisa de 2016 aponta que 4% dos universitários estão no grupo de analfabetos funcionais.
Os dados de leitura, escrita e interpretação do Brasil ajudam a entender algumas das origens desse baixo índice de letramento como, por exemplo, os resultados de Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2014, que mostra que 537 mil alunos zeraram a redação da prova –ou seja, quase 10% do total de 6 milhões de participantes que entregaram a prova. Em 2017, por sua vez, 309 mil alunos zeraram a redação, e apenas 53 tiraram a nota máxima.
Na análise do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), a distância do Brasil em relação a outros países é imensa. Os dados de 2016 colocam luz sobre um dos problemas cruciais da educação brasileira, visto que indicam que entre os 70 países avaliados, o Brasil fica na posição 59 em termos de leitura e interpretação.
Com todas as evidências e dados, é hora de colocar a escrita, a leitura e a interpretação como bandeira em todos os níveis da sociedade. A capacidade de comunicação e a linguística são habilidades complexas do ser humano e, para exercitar, precisamos de estímulos, referências e políticas de Estado que deem prioridade a estes aspectos educacionais.
A leitura nos leva a aprender, a sonhar e a ter experiências de lógica, além de vivências criativas que mudam vidas. A vida é construída com falas, recepção, risos, sarcasmos, fábulas. Também é construída a partir do entendimento daquilo que é diferente, entendimento do outro.
Quando converso com professores, empresários, pais e mães –ou seja, com várias matrizes da sociedade–, todos falam que um número expressivo de pessoas tem dificuldades de escrita, leitura e interpretação. Em muitos casos, o mundo fica difícil de ser interpretado.
Espinhoso e polêmico, o problema da educação no Brasil não será resolvido com uma bala de prata, uma única iniciativa. Deve-se pensar em soluções integradas como a Olimpíada Brasileira de Redação, que estimula a mobilização de todos os estudantes do país.
É preciso que os processos de recrutamento das empresas deem mais valor para atividades que incluam o texto como avaliação. E também contar com os negócios de impacto social focados em educação para endereçarem soluções viáveis.
Como educador, tenho acompanhado com perplexidade que nunca se escreveu tanto, tão errado e se interpretou tão mal na história da humanidade. Como empreendedor da Redação Online –primeira edutech acelerada na Estação Hack, iniciativa do Facebook em parceria com a Artemisia– defendo que o empreendedorismo de impacto social é uma importante ferramenta para vencer esse desafio de melhorar o letramento dos brasileiros.
Em 2018, tivemos a alegria de ter, entre os alunos, 120 aprovados em medicina, a maioria deles vindos de escolas públicas. Em locais como Ilha de Marajó, com acesso de internet difícil, a solução comprova o impacto social. Com um upload rápido, o aluno pode baixar o conteúdo em uma área com wi-fi, por exemplo. É diferente da aula online que requer um serviço de internet melhor.
Defendo que saber ler e interpretar é questão de sobrevivência. O prazer de ler, escrever e interpretar amplia nossos horizontes, amplifica a nossa imaginação e nos liberta de preconceitos, extremismos e opiniões fundamentalistas.

Otávio Pinheiro - Historiador e cientista político, foi escolhido Talento da Educação pela Fundação Lemann em 2017 e é diretor-executivo e fundador da plataforma de correções Redação Online, acelerada na Estação Hack do Facebook e Artemisia, parceira do Prêmio Empreendedor Social
Fonte: Folha

Edição: F.C.


PM ajuda criança com fome em praia de SP e post viraliza: 'Tem que elogiar'


PM olha cardápio com garoto que faz 
malabarismo em praia de São Vicente 
 Foto: Debora Camarinho/Arquivo Pessoal
        Uma atitude de um policial militar em São Vicente, no litoral de São Paulo, acabou viralizando nas redes sociais neste fim de semana. Ao observar um garoto sozinho, fazendo malabares em meio aos milhares de turistas que curtem o fim de ano na Baixada Santista, o soldado observou que a criança estava com fome. Em vez de ignorar a situação e continuar sua patrulha, o policial parou, chamou o menino e pagou um lanche para ele, o que comoveu moradores e turistas.
O 'flagrante' foi registrado na última sexta-feira (28) por uma moradora do município. Desde que foi postado em alguns de seus perfis nas redes sociais, o relato não parou de comover as pessoas, e já conta com milhares de compartilhamentos e reações. "Fiquei chocada com tudo isso", afirma a moradora Debora Camarinho.
Segundo Debora, o garoto é conhecido da vizinhança, pois faz os malabares no mesmo local há alguns anos, no intuito de ganhar alguns trocados. "Já tinha visto ele várias vezes ali, soube que já tentaram ajudá-lo. Alguns dizem que ele tem alguns problemas familiares, mas ninguém sabe ao certo", explica.
PM ajuda menino a escolher lanche
 em quiosque da praia de São Vicente 
Foto: Debora Camarinho/Arquivo Pessoal
Debora conta que passeava com o cachorro pela orla da praia quando decidiu parar em um quiosque. Foi quando se deparou com a cena: o PM trazia o garoto, e o sentou em uma das mesas. "Vi ele pegar um cardápio, e aí o menino escolheu um lanche. Ele pagou e nem esperou o garoto acabar. Deixou ele comendo", relembra.
Foi quando ela decidiu se dirigir ao policial, de nome Miqueias, para lhe dar os parabéns pela atitude. "Ele disse que não tinha sido nada, mas eu fiz questão de registrar e postar", afirma.

DESCONTRUINDO PRECONCEITOS
Para Debora, divulgar o episódio foi uma forma de mostrar às pessoas um outro lado da polícia. "Muitos tem preconceito e criticam a PM. É difícil elogiarmos atitudes de policiais. Então, quando a gente vê o lado bom de um policial, precisa parabenizar e elogiar", diz.
PM Miqueias pagou lanche para menino que
fazia malabarismo em semáforo 
Foto: Debora Camarinho/Arquivo Pessoal
Essa visão positiva foi reforçada com outro relato, que ela diz ter ouvido de uma amiga, comerciante no mesmo bairro. "Ela estava indo trabalhar e viu outros policiais dando água para as crianças que ficam na rua. Eles veem essas crianças ali, elas não são invisíveis", conta.
A autora do post acredita que outras iniciativas deveriam ser tomadas para que as crianças que vivem na rua pudessem ser ajudadas de maneira mais efetiva. "Precisamos entender o que está acontecendo para esse menino ficar tanto tempo na rua, afinal já são muitos anos ali. Falta entender e investigar. Dessa vez o policial ajudou. E depois? Quem vai ajudar?", finaliza.


Médica catarinense que morreu após câncer deixou carta de despedida com reflexões e conselhos: 'A vida é hoje'

Foto: Reprodução Facebook

Larissa Andressa Medeiros, uma catarinense de 40 anos, deixou uma lição de vida durante seu tratamento contra o câncer de mama. A médica morreu no dia 22 de dezembro, conforme o Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (Simesc).
O conteúdo da carta deixada por ela com os aprendizados, reflexões e agradecimentos, foi postado nas redes sociais e ganhou destaque nos últimos dias após viralizar na internet ao ser compartilhado por centenas de pessoas.
Por meio de nota, o Simesc lamentou o falecimento da médica, que ocorreu em Curitiba (PR). Segundo o sindicato, o relato da carta foi feito poucos dias antes dela morrer.
Nascida em Lages, na Serra catarinense, Larissa era casada e atuava no hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ela formou-se em 2001 em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foi filiada ao Simesc até 2013, quando mudou para a capital paranaense, onde seguiu na atividade profissional na área da Hematologia, com destaque para a atuação na área do transplante de medula óssea.
LEIA A CARTA:
“Querida família!
Ando mais reflexiva e ausente… tem sido dias difíceis. Pensei na morte, mas vi um documentário da minha incoerência, já que é a coisa mais certa… pedi a Deus uma 2ª chance ou força p entender se ele tiver outro propósito.
Vou fazer um pedido aqui:
– Hoje minhas chances de cura são menores do que as de sucesso! Luto por 10% de cura! Sem drama, é um fato!
– Quero e vou vencer, com a ajuda de Deus e Nossa Senhora, sem as estatísticas dos homens!
Mas queria com muito carinho que se lembrem das coisas que estou aprendendo…
– Hoje ter 1, 2, 5 ou 20 milhões num banco, ter um bilhete de viagem maravilhosa, um vestido lindo ou poder ir em restaurantes incríveis... um bom vinho, um doce delicioso… NADA disso eu poderia usufruir agora. Não mudaria minhas chances ou acessos aos remédios, não teria pique e disposição para viajar (não posso me ausentar por mais de 15 dias pela quimio, que tem dado muitas reações extras), não posso beber, comer muitos doces… e não tenho ânimo físico para usar um lindo vestido com alegria…
A vaidade de crescer cientificamente, ganhar algo na profissão, prestígio? Nada fica… perdi tanto tempo com isso… fui tão tola em vários aspectos… só o carinho dos amigos colegas e pacientes que o trabalho trouxe… Mas claro que não serei hipócrita: Trabalhar, responsabilidades, ter economias… são coisas importantes, mas NÃO são mais do que viver o hoje… ter conforto, usufruir das boas coisas da vida valem a pena… Já viver sempre esperando um futuro que pode não chegar, isto é ir morrendo aos poucos.
Então, o que ficou e o que mais me alegra? As boas lembranças dos momentos e experiências que vivi… as risadas, os carinhos, a alegria das viagens que tanto gostava, da comida gostosa fosse caseira ou de um bom restaurante… os sentimentos verdadeiros e o amor puro da família e tantos amigos queridos que redescobri.
Sei que nada será tão palpável como é para mim que precisei passar por isso para ter tanta clareza de pensamentos… ouvia isso dos padres mas não coloquei em prática…
Gostaria q experimentassem sem ter que passar por algo ruim para mudar:
– Brigas, reclamações, vaidades, conflitos… acontecem mas deixam o ar muito pesado, sugam nossa energia e não levam a nada. Transformam a reunião alegre em algo desagradável. Amor, perdão, paz, alegria renovam tudo.
– Nós sendo filhos, noras e genros, pais, irmãos, casais, todos iremos errar… escolher o caminho tem esse desfecho: de acertar ou errar. E errar tem o aprendizado, só o erro traz essa graça de aprender e mudar! Não aprendemos com os erros alheios infelizmente. Os acertos infelizmente também não trazem esse conhecimento todo, por ironia… ninguém sabe o que é certo… o certo para mim não é para os demais.
Vamos conviver em paz, respeitar a individualidade das pessoas, dos casais, mesmo não sendo nossa opinião. Vamos celebrar a vida, ter prazer nos encontros, evitar brigas ou assuntos pesados. Queria que todos que puderem começassem a passear, viajar, praticar a leveza no dia a dia. Quem quiser ir, voltar, sair, ficar, silenciar… siga seu coração… decida por si… não esperem permissão para serem felizes. Só quem pode nos autorizar somos nós mesmos.
– [Nome do marido], meu amor, tem me ensinado muito também… foi um ano terrível para nós… muitas concessões, ajustes… mas nosso amor tem aprendido a ser laço de fita, não e nunca NÓ… nos respeitamos, apoiamos, nos incentivamos mutuamente… se você está estressado, volta da corrida, leve, com o sorriso mais lindo no rosto e só traz boas energias para mim. Não fala nada pesado, não fala de ninguém, sempre positivo, o melhor companheiro que eu poderia ter… meu amor ! Muitas vezes discordamos, queremos coisas diferentes, mas aprendemos a respeitar a decisão do outro sem perder tempo tentando convencer a nossa maneira acho que ganhamos mais amor e respeito! Amor não é posse ou prisão, é liberdade e respeito.
Sei q ainda temos muito a aprender… mas acho q estamos no caminho, entre acertos e erros.
– Tenho vontade de gritar, para todos que quero bem: “Tomem as rédeas de suas vidas… viajem, namorem, comprem com responsabilidade o que lhes dá prazer… a vida é HOJE!! Só hoje!!! Viagens, comer num lugar gostoso, comprem a roupa bonita que querem.
Não sabemos se viveremos até o futuro… se gozaremos da aposentadoria… se teremos saúde e ânimo p aproveitá-la! Vivam, vivam, cada um é dono da sua trajetória… e a vida dará em troca, amor verdadeiro, grandes amigos que farão parte da família… e muito boas memórias”.
O G1 SC conseguiu o contato com a família às 13h45 deste domingo (30) e informou que por conta da perda estão consternados e preferiu não comentar sobre o assunto.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Feriados e pontos facultativos da administração federal em 2019: governo divulga lista



O Ministério do Planejamento publicou nesta sexta-feira (28) no "Diário Oficial da União" uma portaria com o calendário dos feriados e pontos facultativos da administração federal em 2019.
Por se tratar da esfera federal, a lista não inclui feriados de estados e municípios.
Em 2019, quatro feriados nacionais vão cair no fim de semana: Tiradentes (domingo), Independência (sábado), Dia de Nossa Senhora da Aparecida (sábado) e Finados (sábado).
Os demais vão cair em dia de semana. Dois feriados vão cair na quarta-feira (quando a possibilidade de emendar é menor): Dia do Trabalho e Natal.

Lista dos feriados 2019

Veja as datas de feriados e pontos facultativos no serviço público federal em 2019:
  • 1º de janeiro (terça): Confraternização Universal (feriado nacional);
  • 4 de março (segunda), Carnaval (ponto facultativo);
  • 5 de março (terça), Carnaval (ponto facultativo);
  • 6 de marçoquarta-feira de cinzas (ponto facultativo até as 14 horas);
  • 19 de abril (sexta), Paixão de Cristo (feriado nacional);
  • 21 de abril (domingo), Tiradentes (feriado nacional);
  • 1º de maio (quarta), Dia Mundial do Trabalho (feriado nacional);
  • 20 de junho (quinta), Corpus Christi (ponto facultativo);
  • 7 de setembro (sábado), Independência do Brasil (feriado nacional);
  • 12 de outubro (sábado), Nossa Senhora Aparecida (feriado nacional);
  • 28 de outubro (segunda), Dia do Servidor Público (ponto facultativo);
  • 2 de novembro (sábado), Finados (feriado nacional);
  • 15 de novembro (sexta), Proclamação da República (feriado nacional);
  • 24 de dezembro (terça), véspera de natal (ponto facultativo após às 14 horas);
  • 25 de dezembro (quarta), Natal (feriado nacional); e
  • 31 de dezembro (terça), véspera de ano novo (ponto facultativo após às 14 horas).
     Os feriados nacionais de 1º de janeiro, 21 de abril, 1º de maio, 7 de setembro, 2 de novembro, 15 de novembro e 25 de dezembro foram instituídos pela lei 662, de 1949. O de 12 de outubro, pela lei 682, de 1980. E o da Sexta-Feira da Paixão foi instituído pela lei 9.093, de 1995.
     Todo ano, com base na legislação, o Ministério do Planejamento divulga os dias que serão de folga para os servidores da administração federal.


Colaboração G1


Os Avós Nunca Morrem, Apenas Ficam Invisíveis!



Os avós nunca morrem, tornam-se invisíveis e dormem para sempre nas profundezas do nosso coração.
Ainda hoje sentimos a falta deles e daríamos qualquer coisa para voltar a escutar as suas histórias, sentir as suas carícias e aqueles olhares cheios de ternura infinita.

Sabemos que é a lei da vida, enquanto os avós têm o privilégio de nos ver nascer e crescer, nós temos que testemunhar o envelhecimento deles e o adeus deles ao mundo.
A perda deles é quase sempre a nossa primeira despedida, e normalmente durante a nossa infância.

Os avós que participam na infância dos seus netos deixam vestígios da sua alma, legados que irão acompanhá-los durante a vida como sementes de amor eterno para esses dias em que eles se tornam invisíveis. Hoje em dia é muito comum ver os avôs e as avós envolvidos nas tarefas de criança com os seus netos.
Eles são uma rede de apoio inestimável nas famílias atuais. Não obstante, o seu papel não é o mesmo que o de um pai ou de uma mãe, e isso é algo que as crianças percebem desde bem cedo. O vínculo dos avós com os netos é criado a partir de uma cumplicidade muito mais íntima e profunda, por isso, a sua perda pode ser algo muito delicado na mente de uma criança ou adolescente.

Convidamos você a refletir sobre esse tema conosco.

O adeus dos avós: a primeira experiência com a perda. Muitas pessoas têm o privilégio de ter ao seu lado algum dos seus avós até ter chegado à idade adulta. Outros, pelo contrário, tiveram que enfrentar a morte deles ainda na primeira infância, naquela idade em que ainda não se entende a perda de uma forma verdadeiramente real, e onde os adultos, em certas situações, a explicam mal na tentativa de suavizar a morte ou fazer de conta que é algo que não faz sofrer. A maioria dos psicopedagogos diz de forma bem clara: devemos dizer sempre a verdade a uma criança.

É preciso adaptar a mensagem à sua idade, sobre isso não há dúvidas, mas um erro que muitos pais cometem é evitar, por exemplo, uma última despedida entre a criança e o avô enquanto este está no hospital ou quando fazem uso de metáforas como “o avô está em uma estrela ou a avó está dormindo no céu“. – É preciso explicar a morte às crianças de forma simples e sem metáforas para que elas não criem ideias erradas. Se dissermos a elas que o avô foi embora, o mais provável é a criança perguntar quando é que ele vai voltar.
– Se explicarmos a morte à criança a partir de uma visão religiosa, é necessário incidir no fato de que ele “não vai regressar”. Uma criança pequena consegue absorver apenas quantidades limitadas de informação, dessa forma, as explicações devem ser breves e simples.
É também importante ter em conta que a morte não é um tabu e que as lágrimas dos adultos não têm que ficar ocultas perante o olhar das crianças. Todos sofremos com a perda de um ente querido e é necessário falar sobre isso e desabafar.
As crianças vão fazer isso no seu tempo e no momento certo, por isso, temos que facilitar este processo. As crianças irão nos fazer muitas perguntas que precisam das melhores e mais pacientes respostas. A perda dos avós na infância ou na adolescência é sempre algo complexo, por isso é necessário atravessar essa luta em família sendo bastante intuitivos perante qualquer necessidade dos nossos filhos.

Embora já não estejam entre nós, eles continuam muito presentes

Os avós, embora já não estejam entre nós, continuam muito presentes nas nossas vidas, nesses cenários comuns que compartilhamos com a nossa família e também nesse legado verbal que oferecemos às novas gerações e aos novos netos e bisnetos que não tiveram a oportunidade de conhecer o avô ou a avó.

Os avós seguraram as nossas mãos durante um tempo, enquanto isso nos ensinaram a andar, mas depois, o que seguraram para sempre foram os nossos corações, onde eles descansam eternamente nos oferecendo a sua luz, a sua memória. A presença deles ainda mora nessas fotografias amareladas que são guardadas nos porta-retratos e não na memória de um celular. O avô está naquela árvore que plantou com as suas próprias mãos, e a avó no vestido que nos costurou e que ainda hoje temos. Estão no cheiro daqueles doces que habitam a nossa memória emocional. A sua lembrança está também em cada um dos conselhos que nos deram, nas histórias que nos contaram, na forma como amarramos os sapatos e até na covinha do nosso queixo que herdamos deles.
Os avós não morrem porque ficam gravados nas nossas emoções de um modo mais delicado e profundo do que a simples genética. Eles nos ensinaram a ir um pouco mais devagar e ao ritmo deles, a saborear uma tarde no campo, a descobrir que os bons livros têm um cheiro especial e que existe uma linguagem que vai muito mais além das palavras.
É a linguagem de um abraço, de uma carícia, de um sorriso cúmplice e de um passeio no meio da tarde compartilhando silêncios enquanto vemos o pôr do sol. Tudo isso perdurará para sempre, e é aí onde acontece a verdadeira eternidade das pessoas. No legado afetivo de quem nos ama de verdade e que nos honra ao recordar-nos a cada dia.


(Autora: Valéria Amado)
Site: Amenteemaravilhosa.com.br)



quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Gabriela Confecções: Sua moda está aqui


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quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Mãe de sete filhos recebe doações após devolver carteira com R$ 500 às vésperas do Natal


A pensionista mostra o pernil 
e os diversos alimentos que encheram sua
 geladeira: ceia de Natal ficou garantida 
pela solidariedade
Foto: Cristiane Paião/TV TEM
         A história da mãe de sete filhos de Lins (SP) que achou uma carteira com R$ 500 na rua e devolveu para a dona, mesmo estando endividada e às vésperas de um Natal “magro” para a família, ganhou um capítulo feliz no Natal deste ano.
A atitude honesta de Simone Aparecida da Silva Pereira, de 41 anos, viralizou nas redes sociais e uma onda de solidariedade se formou, ultrapassando as fronteiras da cidade do interior paulista. Pessoas de vários cantos do país se mobilizaram para fazer doações para ela e os sete filhos.
Apesar de admitir passar por dificuldades financeiras devido a problemas de saúde, a mulher insistiu em devolver o dinheiro e, com a ajuda de policiais militares, achou Liliane Nakamura, a dona da carteira.
Mãe de sete filhos
 recebe ‘onda’ de solidariedade 
após devolver carteira com R$ 500
Já no dia seguinte, mantimentos começaram a chegar na casa de Simone, no Jardim Primavera. O gerente de uma usina da cidade aproveitou a festa de fim de ano da empresa e reservou uma cesta básica para a família.

Os filhos da mulher  que devolveu a carteira também
 ganharam presentes de Natal  Foto: TV TEM/Reprodução
Moradores da cidade, como a nutricionista Lígia Peres Guidini e a dona de casa Carolina Di Paola, também se mobilizaram para doar alimentos e até mesmo presentes para os filhos de Simone.

Na véspera de Natal, que seria festejado pela família sem a ceia, o sofá e a geladeira de Simone estavam lotados com as doações. Até mesmo peças de pernil chegaram na residência.
Pelas redes sociais, pessoas de outros estados, como Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, fizeram contato com a mulher para viabilizar as doações.
Uma dessas pessoas chegou a organizar uma espécie de “vaquinha” em uma rede social e garantiu um valor em dinheiro, que já foi transferido para uma agência bancária de Lins em nome da pensionista.
Onda de solidariedade começou após Simone devolver
 a carteira com R$ 500 para a dona, em Lins
 Foto: J. Serafim/Divulgação
As doações chegaram no fim de ano que foi especialmente difícil para a família dela. Simone sofreu dois AVCs e uma parada cardiorrespiratória, tudo por causa de um aneurisma que ela tratava desde 2014.
A família entrou em dívidas por conta do tratamento e precisou fazer um empréstimo para pagar as contas e comprar os remédios.
Após a devolução da carteira, os dias têm sido de alegria e, principalmente de emoção para Simone Pereira. Afinal, além dos mantimentos, seus filhos ganharam presentes de Natal, como roupas, sapatos e tênis.


Colaboração G1

FREI LUCAS BRÄGELMANN, morre em Bacabal-MA


 É com profundo pesar e em comunhão de fé e esperança no Cristo Ressuscitado que a Diocese de Bacabal comunica o falecimento de Frei Lucas Brägelmann, ocorrido na manhã desta quarta-feira (26), no Convento dos Frades Menores Franciscanos, em Bacabal. O mesmo será velado a partir das 15 horas na Igreja Matriz de São Francisco. A missa de corpo presente será na quinta-feira (27), às 9 horas, na mesma Igreja.

“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito” (Rm 12, 2). Frei Lucas, de batísmo, Hans Brägelmann, nasceu aos 25 de agosto de 1934 em Südlohne – Vechta - Alemanha. Ingressou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores em Rietberg, no dia 14 de novembro 1955.
Estudou Filosofia em Warendorf e Teologia em Paderborn onde se interessou muito pela exegese do novo testamento como, pela Catequese e Homilética. Emitiu os primeiros votos no dia 15 de novembro de 1956 e a Profissão Solente aos 16 de novembro de 1959. Aos 21 de dezembro de 1961 foi ordenado Presbítero em Paderborn e, depois de um tempo como ‘padre simplex’, foi transferido para o ano pastoral em Dortmund. Sabendo do propósito de Fr. Lucas de ser missionário no Brasil, o Provincial da Saxônia, Frei Dietmar Westemeier enviou nosso confrade a um seminário na casa de formação da diocese de Münster em Dingden. Lá, ele teve o primeiro contato com a língua e a cultura brasileira.
No dia 29 de Agosto 1963, partiu com cinco irmãs Franciscanas da Adoração Perpétua de Hamburgo rumo ao Brasil. O navio ‘Liebenstein’ fez sua primeira parada em Belém/PA. Lá, fr. Lucas ficou hospedado no convento dos frades da Custódia da Amazônia observando pela primeira vez a vida diferente do povo e ouvindo a sua lingua pronunciada pelos nativos. De Belém o navio seguiu para Tutóia/MA e depois para Fortaleza/CE onde chegaram dia 19 de setembro de 1963. Frei Ivo e Frei Rodrigues foram de Piripiri/PIPI pa acolher o irmão e as irmãs Boaventura,  Ildefonsa, Heduviges, Gorette e Tabita. Tendo esperado longo tempo na liberação da bagagem, o confrade fez sua primeira visita a Canindé/CE. De Fortaleza foram para Piripiri. No Convento frei Lucas foi acolhido por Frei Américo, Frei Remberto e Frei Ambrósio. Estava chegando a festa de Nossa Senhora dos Remédios e o confrade, com seu sutaque alemão, celebrou a tradicional missa dos vaqueiros.

De Piripiri viajou logo para Teresina e, de lá, para Bacabal. Na Capital do Médio Merarim, os seus professores da língua portuguesa eram o Sr. Antônio Monteiro e Frei Bartolomeo.

Em março de 1964 viajou de São Luís/MA para Belo Horizonte/MG, pernoitando em Montes Claros/MG e no dia seguinte continuando a viagem para Capital Mineira, onde ficou na fraternidade de Carlos Prates, fazendo parte do grupo do ano pastoral da província.
1964 era o ano de grandes mudanças da Igreja por conta do Concílio Vaticano II e políticamente, da tomada do poder dos militares no Brasil; e tudo isso era vivamente discutido num convento de frades holandeses, mineiros e gaúchos. Do ano pastoral faziam parte Frei Durvalino, Frei Diogo, Frei Luciano e outros. Os professores eram Frei Guido, Frei Bruno – o guardião e o primeiro custódio de Rio Grande do Sul – e Frei Bernardino que vinha de Divinópolis/MG.
No fim do seu estágio em Belo Horizonte nosso confrade fez longa viagem onde conheceu São Paulo, Curitiba, Blumenau, Florianópolis, Porto Alegre, Taquari, Daltro Filho, Três Passos; e, no regresso de Belo Horizonte ai Puiauí, ainda conheceu Teófilo Otônio, Feira de Santana, Salvador, Aracaju, Penedo, Recife, Natal, e Fortaleza até chegar em Teresina. Em janeiro 1965 foi transferido para Lago da Pedra/MA onde acompanhou Frei Henrique em diversas desobrigas pela região dos Lagos. Frei Lucas, viveu longos anos nas terras brasileiras.
Em seu ministério compartilhou de sua vida e vocação nas seguintes fraternidades: de 1965-1973 foi Vigário Paroquial na Paróquia São José, em Lago da Pedra - MA; de 1973-1976 foi guardião da Fraternidade Nossa Senhora da Glória em São Luís – MA, exercendo a função de Vigário Paroquial;   por dez anos, de 1976-1986, foi pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Vitorino Freire/MA de 1989-2001 retornou a São Luis onde foi Vigário Paroquial e de 2001-2018 foi Vigário Paroquial e jubilário na paróquia e fraternidade São Francisco das Chagas, Bacabal.
Nos últimos anos, o confrade devotou sua vida à arte. Diariamente dedicava-se ao cultivo do jardim da Fraternidade e, sempre que podia, registrava com sua câmera fotográfica a vida da Província e da cidade de Bacabal. Alem disso, enquanto as forças lhe permitiram, celebrava devotamente a Santa Missa na capela  conventual.
Aos 26 de dezembro de 2018, às 8h e 30 min, dia do Martir Santo Estêvão, nosso irmão, após alguns meses de convalecência, entregou-se ao Pai.
Com informação do Blog Peregrino Franciscano