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terça-feira, 7 de maio de 2019

UFMA e IFMA serão afetados pelo corte de verbas anunciado pelo MEC


Anunciado nesta quinta-feira (03), um corte de 30% dos repasses de recursos para universidades federais pelo Ministério da Educação (MEC) irá afetar a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e também o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA). A medida vale para todas as universidades e institut0s federais.
Em pronunciamento que tem causado polêmica, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou que o MEC cortaria recursos de universidades que não apresentassem desempenho acadêmico esperado e estivessem promovendo “balbúrdia” em seus campi. Weintraub afirmou, ainda, que as universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos ou festas inadequadas ao ambiente universitário, e disse que as instituições deveriam estar “com sobra de dinheiro” para fazer “bagunça e evento ridículo”.

No Maranhão, o corte de verbas já começa a afetar a Universidade Federal. Na entrada da Campus em São Luís, uma obra parada é o prenúncio do atraso na entrega da nova Biblioteca Central da Instituição.
Em São Luís, membros da Associação de Professores da Universidade Federal do Maranhão e estudantes têm criticado a medida e afirmado que as instituições federais enfrentam problemas, seja estruturais ou até mesmo o contingenciamento de refeições servidas no Restaurante Universitário.
De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o contingenciamento atingiu 20% da verba para custeio (ou seja, serviços de manutenção, limpeza, segurança, entre outros), e 90% da verba de investimento (custos de uma obra, reforma ou construção, por exemplo).
Em nota, a UFMA informou que ainda não pode se manifestar oficialmente sobre o assunto e que aguarda o comunicado do MEC. Por telefone, a assessoria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão informou que o IFMA ainda não foi notificado sobre a decisão do MEC.
Em seu posicionamento, o ministro da Educação defendeu a realocação de “recursos futuros” do ensino superior para a educação básica. A afirmação foi feita em um vídeo publicado nas redes sociais do ministro. “Os recursos futuros vão ser direcionados para cursos de graduação, ou para a pré-escola, ou para a educação básica”, disse Weintraub.