Sinos
de Novembro
Albertina
Carneiro Arruda
Mais uma vez a
honra de apresentar uma criação tua, desta vez em versos, que de forma tão brilhante
soubeste colocar no papel, teus sentimentos, teus sonhos, tua realidade, tua alma.
Isto tudo com uma beleza ímpar que faz-me lembrar Charles Chaplin quando diz: “a
beleza existe em tudo [...]. Mas somente os artistas e poetas sabem encontra-la.
Quanta beleza
posso encontrar nestes versos que nos entregas “Sinos de Novembro”, assim
dizes:
“Olhares de noivo
sorrisos de
noiva,
diálogos vivem:
- O céu? – Nos
teus braços!
Os dela nos dele
que a vida se
entrega,
desejos, anelos
d’arrepios de
pele...
Sino ave-maria!
Ah! Enfim, que
dia!”
Na Arca Cidade cantas a liberdade de um
amor enamoração, qual arca de Noé provida de sonhos que oferece convívio pacifico
entre os seres e os torna capazes de sobreviver ao latifúndio, as cartas-bombas
e serve vinho festejando um dia da cidade.
E por aí o vai o poeta... Poetizando a
vida, sua relação com os sinais/símbolos que nos remetem à terra, ao trabalho,
ao amor na forma mais humana e realista sem apagar o cunho poético de sua obra.
Como é bom o ritmo e a sonoridade de
seus versos, principalmente para nós, seus conterrâneos, que bebemos da fonte
do Mearim e saboreamos do azeite do babaçu de nossa terra, desculpe a metáfora
mais nos sentimos inteiros nesta obra, me faz até lembrar o teólogo Rubem Alves
quando diz: “Faz tempo que para pensar sobre Deus, não leio os teólogos, leio
os poetas”, e eu digo para visitar minha terra amada leio Raimundo Corrêa.
Parabéns poeta, parabéns
Esperantinópolis que coloca mais uma obra literária , para sua terra, seu
Estado, e porque não dizer para o Brasil.