Leia também

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Poetisa Albertina Carneiro Arruda, homenageia o escritor Raimundo Corrêa

Sinos de Novembro
Albertina Carneiro Arruda
 Meu caro confrade e irmão Raimundo Corrêa

Mais uma vez a honra de apresentar uma criação tua, desta vez em versos, que de forma tão brilhante soubeste colocar no papel, teus sentimentos, teus sonhos, tua realidade, tua alma. Isto tudo com uma beleza ímpar que faz-me lembrar Charles Chaplin quando diz: “a beleza existe em tudo [...]. Mas somente os artistas e poetas sabem encontra-la.
Quanta beleza posso encontrar nestes versos que nos entregas “Sinos de Novembro”, assim dizes:

Olhares de noivo
sorrisos de noiva,
diálogos vivem:
- O céu? – Nos teus braços!
Os dela nos dele
que a vida se entrega,
desejos, anelos
d’arrepios de pele...
Sino ave-maria!
Ah! Enfim, que dia!”

Na Arca Cidade cantas a liberdade de um amor enamoração, qual arca de Noé provida de sonhos que oferece convívio pacifico entre os seres e os torna capazes de sobreviver ao latifúndio, as cartas-bombas e serve vinho festejando um dia da cidade.
E por aí o vai o poeta... Poetizando a vida, sua relação com os sinais/símbolos que nos remetem à terra, ao trabalho, ao amor na forma mais humana e realista sem apagar o cunho poético de sua obra.
Como é bom o ritmo e a sonoridade de seus versos, principalmente para nós, seus conterrâneos, que bebemos da fonte do Mearim e saboreamos do azeite do babaçu de nossa terra, desculpe a metáfora mais nos sentimos inteiros nesta obra, me faz até lembrar o teólogo Rubem Alves quando diz: “Faz tempo que para pensar sobre Deus, não leio os teólogos, leio os poetas”, e eu digo para visitar minha terra amada leio Raimundo Corrêa.
Parabéns poeta, parabéns Esperantinópolis que coloca mais uma obra literária , para sua terra, seu Estado, e porque não dizer para o Brasil.