Imaginem
crianças crescerem ouvindo os pais lhes dizendo que elas são burras,
desastradas, medrosas, relaxadas.
O capítulo 1,
do livro de São João, começa nos dizendo que, no princípio, era a Palavra, e a
Palavra era Deus, a qual se fez carne e habitou entre nós. Isso nos mostra que
a palavra é poderosa para invocar o processo de criação, ontem, hoje e sempre.
Há vários
exemplos, na Bíblia, que confirmam isso, como quando Deus ordenou que a luz, a
terra, a água e todas as outras coisas fossem criadas. Presenciamos o
cumprimento do propósito da Palavra, pois ela cria, liberta, faz o mar se
abrir, a montanha mudar de lugar e convence pessoas a mudarem hábitos.
Mas, se por um
lado, vivenciamos o poder criador das palavras; por outro também temos exemplos
bíblicos de palavras que destroem. O mundo está cheio de crianças e adultos com
traumas provocados por ameaças, descontroles e situações de medo, que provocam
inseguranças nas pessoas.
Estamos
expostos a ambas, tanto a palavras boas como a más, precisamos ter cuidado com
as que saem da nossa boca, pois podem ser bênçãos ou maldições lançadas na vida
de nossos filhos. Existem pessoas que abençoam qualquer que seja a situação;
outras reclamam de tudo o que lhes acontece.
Os pais
influenciam na construção da identidade de seus filhos, dependendo das palavras
podemos ajudá-los a ter uma visão positiva ou negativa de si mesmos. Falar a
verdade reduz associações emocionais erradas.
Imaginem
crianças crescerem ouvindo os pais lhes dizendo que elas são burras,
desastradas, medrosas, relaxadas, entre outros adjetivos negativos. Elas vão
crescer se vendo neste espelho e provavelmente vão se transformar em adultos
com conhecimento pessoal inadequado e baixa autoestima.
Se elas têm
algum problema ajude-as, não adianta reclamar ao precisar dizer algo várias
vezes a elas, porque a fixação na maioria das vezes vem com a repetição.
Por outro lado,
crianças que escutam os pais falarem bem de suas habilidades em cantar,
conversar, organizar e aprender, quando estes precisarem citar os pontos em que
elas precisam melhorar, já criaram uma base positiva para que elas se sintam
capazes de acertar aquilo que não está adequado.
Procurem
observar quais são as habilidades naturais de seus filhos. Incentivá-los vai encorajá-los a
tentar desenvolver habilidades que não possuem naturalmente; ao passo que
palavras negativas são desencorajadoras e destrutivas. Qual seu objetivo com
seus filhos?
Desencorajá-los
ou fortalecê-los e criar comportamentos positivos neles?
Lembrem-se de
usar palavras, na correção, que demonstrem que o problema é o comportamento do
filho e não o filho em si, pois ele precisa se sentir amado e querido, mas
também saber que existem limites que precisam ser respeitados. No seu processo
educacional, você quer fortalecer ou abalar o estado emocional do seu filho?
Cuidado para
não descontar a pressão do seu dia a dia nos filhos com palavras grosseiras ou
que os façam ficar para baixo. É preciso estimular o relacionamento com outras
pessoas em vez de sempre criticar os outros. E também evitar comparações entre
irmãos, plantando semente de rivalidades entre eles e sentimento de
superioridade ou inferioridade. Não reforce comportamentos negativos herdados
ou construídos a partir da imagem de parentes ou amigos com comparações
destrutivas.
Seja elogiando
seja criticando, mostre-lhes que eles podem contar com você tanto para os
aplaudir como para os redirecionar nos diferentes momentos da vida. Evite
frases que possam fazê-los se lembrar do quanto você os fez se sentirem mal.
Lembre-se de
que sua palavra tem poder espiritual e emocional, por isso seja um profeta de
coisas boas na vida dos seus filhos, parentes e amigos. Sempre que possível,
aproveite para os abençoar e, assim, você também será abençoado, pois a palavra
não volta para terra sem ter cumprido sua missão.
Fonte :
Maeimaculada