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quinta-feira, 4 de abril de 2019

Inscrições para Olimpíada de Robótica já estão abertas


As inscrições para a Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) de 2019 já estão abertas e vão até 17 de maio. Neste período, alunos matriculados em escolas públicas e particulares do ensino fundamental, médio e técnico podem pleitear uma vaga na competição, que definirá os representantes brasileiros no evento mundial, a RoboCup, cuja edição de 2020 ocorre em Bordeaux, na França.
A inscrição gratuita é feita pelo professor na página do evento na internet e são duas as modalidades de disputa: prática e teórica. A disputa teórica, em que é preciso mostrar conhecimentos específicos de robótica em prova realizada diretamente na escola do estudante, terá a primeira fase realizada em 7 de junho e a segunda em 23 de agosto. As provas incluem conteúdo do ensino fundamental e médio na resolução de problemas práticos do dia a dia, a partir da robótica, e são elaboradas por uma comissão de professores.

Há também a modalidade prática, que exige cumprir um desafio. Os grupos de até quatro alunos devem considerar a simulação de um desastre natural e construir um robô completamente autônomo, ou seja, sem controle remoto, capaz de navegar por um terreno acidentado, localizar vítimas (representadas por bolinhas) e resgatá-las. A cada ano a organização prepara novas pistas e trajetos. As etapas regionais e estaduais ocorrem entre junho e setembro, quando serão selecionadas equipes de nível 1 e 2 para o nacional, que este ano acontece em Rio Grande (RS) entre os dias 22 e 26 de outubro.
Na edição de 2018, cuja final foi realizada em João Pessoa, mais de 4.300 equipes participaram da disputa prática, construindo robôs para cumprir o desafio do desastre natural simulado. Já a modalidade teórica contou com a participação de aproximadamente 145 mil alunos.
A robótica tem um caráter multidisciplinar que beneficia diversas áreas do conhecimento, além de naturalmente promover o trabalho em equipe e a cooperação. A ideia da OBR é convidar os estudantes a se aproximar da arte de desenvolver tecnologia, ao invés de apenas ser usuários dela. O evento tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de diversas instituições de todo o Brasil, como universidades e órgãos públicos.

CIÊNCIA
As olimpíadas científicas são uma iniciativa utilizada em praticamente todo o mundo para popularizar e difundir a ciência e a tecnologia junto aos jovens. Além da difusão, as olimpíadas realizam muitas outras atividades, e, em muitos casos, são também atores no processo de atualização dos professores e escolas. Duas das atividades mais importantes são a Science Olympiad, realizada nos EUA desde 1983, e a European Union Science Olympiad, realizada em toda a União Europeia desde 2003. A própria RoboCup, que existe desde 1997, e é considerada a copa do mundo de robótica, já levou diversos estudantes brasileiros a países como Alemanha, China e Holanda (últimas três edições, sem contar a de 2014, que foi no Brasil).
As olimpíadas científicas tiveram seu início no Brasil em 1978. Desde 2002, no entanto, o poder público passou a apoiar oficialmente essas iniciativas por meio de edital público. A Olimpíada Brasileira de Robótica é apoiada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Educação, em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao MEC. Nos últimos anos, diversas olimpíadas são apoiadas pelo CNPq, dentre elas as olimpíadas científicas de física, robótica, história e astronomia.

OBR
A Olimpíada Brasileira de Robótica está estruturada de modo a permitir sua difusão pelos estados brasileiros. É constituída por professores, cientistas e doutores na área de robótica e tecnologia das maiores e melhores universidades públicas e particulares do Brasil, que atuam voluntariamente com objetivo de estimular os jovens às carreiras científico-tecnológicas, identificar jovens talentosos e promover debates e atualizações no processo de ensino-aprendizagem brasileiro, além de promover a difundir conhecimentos básicos sobre robótica de forma lúdica e cooperativa.
Fonte: MEC