As inscrições
para a Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) de 2019 já estão abertas e vão
até 17 de maio. Neste período, alunos matriculados em escolas públicas e
particulares do ensino fundamental, médio e técnico podem pleitear uma vaga na
competição, que definirá os representantes brasileiros no evento mundial, a
RoboCup, cuja edição de 2020 ocorre em Bordeaux, na França.
A inscrição
gratuita é feita pelo professor na página do evento na internet e são duas as
modalidades de disputa: prática e teórica. A disputa teórica, em que é preciso
mostrar conhecimentos específicos de robótica em prova realizada diretamente na
escola do estudante, terá a primeira fase realizada em 7 de junho e a segunda
em 23 de agosto. As provas incluem conteúdo do ensino fundamental e médio na
resolução de problemas práticos do dia a dia, a partir da robótica, e são
elaboradas por uma comissão de professores.
Há também a
modalidade prática, que exige cumprir um desafio. Os grupos de até quatro
alunos devem considerar a simulação de um desastre natural e construir um robô
completamente autônomo, ou seja, sem controle remoto, capaz de navegar por um
terreno acidentado, localizar vítimas (representadas por bolinhas) e
resgatá-las. A cada ano a organização prepara novas pistas e trajetos. As
etapas regionais e estaduais ocorrem entre junho e setembro, quando serão
selecionadas equipes de nível 1 e 2 para o nacional, que este ano acontece em
Rio Grande (RS) entre os dias 22 e 26 de outubro.
Na edição de
2018, cuja final foi realizada em João Pessoa, mais de 4.300 equipes
participaram da disputa prática, construindo robôs para cumprir o desafio do
desastre natural simulado. Já a modalidade teórica contou com a participação de
aproximadamente 145 mil alunos.
A robótica tem
um caráter multidisciplinar que beneficia diversas áreas do conhecimento, além
de naturalmente promover o trabalho em equipe e a cooperação. A ideia da OBR é
convidar os estudantes a se aproximar da arte de desenvolver tecnologia, ao
invés de apenas ser usuários dela. O evento tem apoio do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de diversas instituições de
todo o Brasil, como universidades e órgãos públicos.
CIÊNCIA
As olimpíadas
científicas são uma iniciativa utilizada em praticamente todo o mundo para
popularizar e difundir a ciência e a tecnologia junto aos jovens. Além da
difusão, as olimpíadas realizam muitas outras atividades, e, em muitos casos,
são também atores no processo de atualização dos professores e escolas. Duas
das atividades mais importantes são a Science Olympiad, realizada nos EUA desde
1983, e a European Union Science Olympiad, realizada em toda a União Europeia
desde 2003. A própria RoboCup, que existe desde 1997, e é considerada a copa do
mundo de robótica, já levou diversos estudantes brasileiros a países como
Alemanha, China e Holanda (últimas três edições, sem contar a de 2014, que foi
no Brasil).
As olimpíadas
científicas tiveram seu início no Brasil em 1978. Desde 2002, no entanto, o
poder público passou a apoiar oficialmente essas iniciativas por meio de edital
público. A Olimpíada Brasileira de Robótica é apoiada pelo Ministério da
Ciência e Tecnologia (MCT), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) e Ministério da Educação, em parceria com o Fundo Nacional
de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao MEC. Nos últimos anos,
diversas olimpíadas são apoiadas pelo CNPq, dentre elas as olimpíadas
científicas de física, robótica, história e astronomia.
OBR
A Olimpíada
Brasileira de Robótica está estruturada de modo a permitir sua difusão pelos
estados brasileiros. É constituída por professores, cientistas e doutores na
área de robótica e tecnologia das maiores e melhores universidades públicas e
particulares do Brasil, que atuam voluntariamente com objetivo de estimular os
jovens às carreiras científico-tecnológicas, identificar jovens talentosos e
promover debates e atualizações no processo de ensino-aprendizagem brasileiro,
além de promover a difundir conhecimentos básicos sobre robótica de forma
lúdica e cooperativa.
Fonte: MEC