Em comunhão com a Igreja Católica Apostolica Romana, no
Brasil, celebramos neste mês de setembro o mês da Bíblia. Mês dedicado a
leitura mais premente e incessante desta grande carta de amor de Deus por nós.
Historicamente falando, adotou-se o mês de setembro para dedicar-se à Biblia,
pelo fato de no dia 30 de setembro ser lembrado na Liturgia São Jerônimo, homem
íntegro que traduziu a Bíblia dos originais (hebraico, grego e alguns trechos
em aramaico) para o latim, a língua da Igreja. Após essa tradução, a versão
recebeu o nome de “Vulgata”, que, em latim, significa “popular” e o seu
trabalho é referência nas traduções biblistas até hoje.
Inicialmente celebrada, a primeira vez a ser manifestada um
mês todo dedicado à Biblia, foi em 1971 por ocasião do cinquentenário da
Arquidiocese de Belo Horizonte-MG, após, apresentado a Conferência dos Bispos
do Brasil (CNBB), por impulso do Serviço de Animação Bíblica da Congregação das
Paulinas, que logo logo tomou conta do Brasil.
Essa “palavra-carta-amor-viva” entre nós é eterna, eficaz e
“permanece para sempre” (1Pd 1,25). A Bíblia é uma compilação de gratidão e
amor, onde o Proprio Deus fala a seu povo em relação à nossa salvação, que se
dá por meio de seu filho Único, Jesus Cristo, o centro de toda a nossa ação
litúrgica, em que se cumpre todas as promessas profecias prometidas no Antigo
Testamento para os fieis tementes a Deus.
A Biblia não é, e não deve ser um ornamento que embeleza
nossos movéis, nossas casas, nossas Igrejas, a Biblia é o nosso alimento de
cada dia, na busca pela santidade e sustento de nossa vida, pois ela é “viva e
eficaz” (Hb 4,12). Ao lê-la, sentimos a mãe de Deus sobre nós, revelando-se
sobre o propósito da vinda de Cristo, nosso irmão, a fim de que a salvação se
cumpra plenamente, porque “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para
ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça”
(2Tm 3,16).
Ela se revela ao longo da história, desde os primordios, de
nossos pais na fé, passando por Abraão, Moisés, pelos profestas enviados por
Deus, até a vinda de Cristo – que nos veio salvar, até a morte dos apostolos
quando foi escrito o Apocalipse de São João, no final do primeiro século. A
Palavra de Deus foi inspirada pelo Espirito Santo e escrita por milhares de
homens de fé, em conjunto.
Há-se a necessidade urgente de ler e estudar a Bíblia
incansavelmente para aquecer a nossa alma e arder nosso coraçãocom essas que
“ilumina nossos passos, e uma luz em nosso caminho” (Sl 118, 105), assim tudo
passa nessa vida, mas “a palavra do Senhor permanece eternamente” (Is 11,6-8).
João Israel da Silva Azevedo